Por quê?

A Cobiça

Olhando o mundo, somos levados a uma inevitável perplexidade. Desde os primórdios da humanidade, encontramos...
o exercício do arbítrio de alguns, sobre o direito e a liberdade de muitos, justificando o refrão ideológico que diz ser o homem o lobo do próprio homem. Aquela assertiva não é desprovida de razão, pois nas treliças da vida encontramos os que se dizem Senhores da Terra, tentando partilhar o planeta; os Senhores da Doutrina, impondo condições para a fé, a salvação e até mesmo estereotipando um Deus de acordo com sua conveniência. Logo adiante, estão os Senhores da Ideologia, prometendo e aliciando as massas para que os coloquem e perpetuem no poder; e, na sequência, aparecem os Senhores da Cobiça, enganando o homem para que eleve um altar ao Deus Lucro, para o gáudio dos seus sacerdotes. A exploração dos fracos, a indiferença diante da fome, do desabrigo, da dor e da morte, dos que fabricam e comerciam armas, dos que açulam os tambores da guerra, daqueles que buscam lucros com as drogas, a corrupção, parecem afogar no coração o anseio imanente do espírito pela busca do Creador, que consubstancia a religiosidade inata do homem e que se expressa nos contornos da religião.

Mas, a perplexidade continua, ao anotarmos aqueles que se odeiam e semeiam a guerra com o terço nas mãos e lendo a Bíblia. Por que louvam a Cristo e se matam por caprichos doutrinários? Por que reverenciam Alá e, em seu nome espalham o terror? Por que cultuam Buda e se trucidam pela posse de templos? Onde se encontra o gestor de tudo isso que não impõe um abraço fraterno entre os seguidores de todas as religiões?

Perdido nos meandros de minhas dúvidas, ouvi a voz de Arcana, o Viajor do Tempo, convidando-me à reflexão, ao ensinar que a vida assemelha-se a uma escola global, onde se encontram iniciantes, graduados e doutores, cada um colocando à mostra o estágio em que se encontram e, não seria razoável condenarmos a Universidade, seus mestres e reitor, pela ignorância, erros e desacertos de seus aprendizes.

O mundo ensinou Arcana, não se encontra à matroca, as convulsões às quais está submetido, resultam do império de leis eternas, como consequência das lições mal aprendidas ou mal praticadas. Os conflitos que abarcam multidões, levando-as ao sofrimento ou desencarne coletivo, apenas refletem o comportamento conjunto e suas consequências, dos que são aparentemente vitimados.

O certo é que o bem sempre prevalecerá sobre o mal e o amor sobre o ódio e que o melhor e mais seguro roteiro a seguir, é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, como ensinou Jesus. Não podemos descrer de Deus, pelo comportamento episódico do homem. Arcana, do alto de sua experiência, completou a lição, dizendo: o fato de nos encontrarmos em noite escura e tempestuosa, não justifica descrermos no raiar de um novo dia.


 Por Esse Capelli

Fonte: http://www.searaespiritaredencao.net/

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