18 de abril de 1857, continua...4

Novos passos e vozes no corredor interromperam a conversa.

Amélie Gabrielle Boudet (1795 - 1883)
Senhora Rivail.
A senhora Rivail deu entrada, com alegria, ao viúvo JAPHET e sua filha Ruth, e ao casal ROUSTAN. Excusando-se, o Professor deixou por um instante sua roda e veio à saleta estender a mão aos recém chegados. Feitas as apresentações, ROUSTAN e JAPHET se incorporaram ao grupo formado no escritório, enquanto as senhoritas BAUDIN e JAPHET, amigas íntimas, se afastaram para a sala de jantar. Na saleta de visitas ficaram as senhoras. Cortesmente, apontando as mocinhas, RIVAIL convidou Ermance a reunir-se a elas, levando-a de braço à sala de jantar, onde disse às senhoritas:

– A menina DUFAUX há de gostar de fazer parte desta esplêndida rodinha.

– Venha daí, disse Ruth, puxando de sob a mesa uma cadeira para Ermance.

– Esta mocinha, continuo RIVAIL, possui, como vocês, diversos predicados mediúnicos e grande soma de trabalhos, alguns já publicados. Recomendo-a à amizade de vocês.

– E, voltando-se para Ermance:

– Aqui estão as minhas médiuns principais. Devo a elas a composição d’O LIVRO que hoje veio a lume.

E voltou ao escritório.

Com o passar do tempo, novos convidados foram chegando.

O Professor CANU e esposa; o livreiro CLÉMENT e mulher; o capitalista LECLERC e senhora; Madame ROGER e marido; o negociante CARLÓTTI e sua filha Aline; a quiromante DE CARDONE, viúva, e por fim, o celibatário FORTIER, magnetizador de profissão. Depois das apresentações dessas visitas à família DUFAUX, desconhecida de todos, os homens passaram para o escritório, as mulheres ficavam na saleta de visitas e as moças na sala de jantar.

A todos o casal RIVAIL dispensava a mais amável da acolhidas.


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