18 de abril de 1857, continua...3

Vozes no corredor interromperam o diálogo.

A senhora RIVAIL abriu a porta e acolheu, afavelmente, três pessoas, inesperadas, que acompanhavam Madame DE PLAINEMAISON, amiga e convidada. RIVAIL foi ao encontro desta e, beijando-lhe a mão, disse-lhe cortesmente:

– Seja bem-vinda com seus amigos. Contentíssimo de revê-la nesta sua casa.

– Muito obrigada, Professor. Tomei a liberdade de trazer, comigo, a família DUFAUX, que desejava conhecer Gabi e você. Permita-me o apresente à senhora DUFAUX...

– Encantado, Madame DUFAUX.

– ...e à senhorita DUFAUX, a médium historiadora de quem lhe falei há dias. Lembra-se?

Ermance De La Jonchére Dufaux (1841 - ?)
– Grande prazer, Mademoiselle DUFAUX.

A senhora DE PLAINEMAISON, apresentou, em seguida, o senhor DUFAUX a Gabi, dizendo à velha amiga:

– Eis um dos grandes ‘spiritualistes’ da França, que tem provocado a atenção da Corte para o ‘Spiritualisme’.

DUFAUX, beijando a mão de Gabi:

– Muita honra, Madame. Felicito-a pelo seu nobre devotamento à Causa.

– Obrigada, não tenho feito nada, pelo menos tanto como eu desejava. Aqui está meu marido.

RIVAIL, estendento a mão ao senhor DUFAUX:

– A senhora DE PLAINEMISON já me falou de sua ilustre pessoa e dos importantes trabalhos mediúnicos de sua gentil filhinha.

– Quero, antes de ouví-lo, apresentá-lo à família BAUDIN, cujas filhas também são médiuns execelentes.

Feitas as apresentações, as mulheres ficaram na saleta de visitas e os homens passaram para o escritório.

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