Estamos sendo bons pais!? |
Em
diversos lugares de “O Livro dos Espíritos” e do “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec e os Espíritos da Codificação falam da
responsabilidade dos pais pela educação dos filhos.
Na
questão 208 de “O Livro dos Espíritos”, está escrito que: o Espírito dos pais
tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação; isso é para ele uma
tarefa. Se nela falhar, será culpado.
Na
questão 582, lemos igualmente que este dever implica, mais do que o homem
pensa, sua responsabilidade para o futuro.
Em todos os momentos em
que este assunto é trazido à baila, ressalta a seriedade do compromisso
espiritual assumido pelos pais e mães, de possibilitar a um Espírito a chance
de encarnar naquele núcleo familiar.
O
segundo trecho citado, fala numa responsabilidade maior do que o homem pensa. O
que pensamos hoje em dia a esse respeito? Isto merece uma reflexão à luz do
Espiritismo. Seriam os filhos resultado de um descuido com os métodos
contraceptivos? Não, pois os filhos não são frutos do acaso, apesar de surgirem
em nossas vidas aparentemente fora de hora.
O
acaso não existe, o que existe é o cumprimento de uma lei de amor e justiça. No
momento propício, as almas se reúnem sob laços de família para colaborarem uns
com os outros na superação de problemas e na conquista da harmonia e da
felicidade. Seriam os filhos meios de prender o parceiro num relacionamento?
Não, pois os Espíritos cumprem uma trajetória de evolução individual, para
melhorar intelectual e moralmente. Buscam, na encarnação, os meios de realizar
seu progresso, necessitando para isso do cuidado e da orientação dos pais. Suas
vidas têm um propósito maior em si mesmas, e não podem nem devem ser usadas
para fins egoísticos.
A
vida na Terra é um projeto educacional, onde a lei divina dá ao Espírito a
oportunidade do renascimento junto a seres que têm condições de ajudá-lo a
realizar seu aprimoramento. Recebe ele, para isso, um organismo físico
apropriado às experiências que necessita atravessar e um grupo familiar
inserido num meio material e social com características que o estimularão a
exercitar as capacidades e os sentimentos que veio treinar.
Os
pais cumprem o papel de protegê-lo em sua fragilidade dos primeiros anos e de
despertar sua consciência para o amor ao bem e à verdade: isto é o que brota
claramente dos livros da Codificação.
Contudo,
não estão os pais sozinhos diante de um desafio tão complexo. Contam na Terra
com a família, com os professores, com especialistas de muitas áreas, com
ótimas publicações (livros, revistas e
websites), além da indispensável
inspiração dos Amigos Espirituais e dos Anjos Guardiões. A prece e o
recolhimento são instrumentos ao seu alcance a qualquer momento. Embora grande
seja a sua responsabilidade, muitas são as portas a se bater em busca de
auxílio.
Afinal,
Deus também é Pai que nos educa e supre nossas reais necessidades. Verificamos
hoje os grandes males emocionais e sociais resultantes da negligência de muitos
pais e mães para com sua missão. O nosso mundo e os nossos filhos solicitam que
eles abracem com amor e determinação a tarefa de educar.
Por Rita Foelker
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