Pura vontade de ajudar |
Sim. O passe misto, do qual
estamos tratando, se utiliza das técnicas (a nível de movimentos) do passe
magnético. É comum classificarmos os passes conforme o objetivo e os movimentos
que o passista produz quando de sua aplicação, embora os movimentos não sejam
obrigatórios.
Visando simplificar ao máximo, restringiremos a duas técnicas,
que chamaremos de “dispersão” e “energização” ou “fortalecimento”. Em geral,
todo passe realizado durante a tarefa é uma sequência destes, dois:
primeiramente o dispersivo, seguindo-se o energizante.
128.Os
movimentos são realmente necessários?
Não. Os movimentos apenas
auxiliam o passista a direcionar seu pensamento corretamente durante o passe,
assim como funcionam à guisa de sugestão mental para o paciente. Este segundo
aspecto se deve ao fato de, culturalmente, o paciente sempre esperar que o
passista irá movimentar os braços ou as mãos. Há pacientes que, em tomando
passe com passista que não se movimenta, saem da câmara de passes
insatisfeitos, chegando a pensar inclusive que não receberam o passe.
129.Qual
é a duração ideal do passe?
Não há regra. Embora os passes
realizados fora da casa espírita, em residências ou hospitais possam ser mais
longos, nas tarefas costuma-se utilizar um tempo padrão próximo de um minuto,
que naturalmente pode variar de paciente para paciente em função da intuição do
passista. No entanto, o passista não deve se preocupar em “cronometrar” o
passe, pois adquirirá facilmente, com dedicação à tarefa, a noção adequada do
tempo necessário a cada caso.
130.Há
cuidados especiais quando da aplicação de passes em médiuns ostensivos?
Sim. O passista deve procurar
ser breve na “fase” de energização do passe, evitando ao máximo direcionar por
muito tempo os fluidos, seja através de movimentos ou apenas com o pensamento,
para a região da nuca do paciente, pois neste caso aumenta-se o risco de
ocorrência de manifestação mediúnica. Além disso, pelo uso dos olhos abertos, o
passista poderá, ao longo do passe, verificar se o paciente tende ou não para o
estado sonambúlico.
131.Preciso
contrair os músculos para dar o passe?
Não. A cota de fluidos doada
pelo passista não tem relação com a força muscular que este faz. Muitos
passistas consideram incorretamente, pelo fato de ficarem com os músculos
doloridos após a tarefa, que sua participação foi mais ampla, assim como outros
que, por produzirem suor em excesso, julgam ter sido eficazes na tarefa. Nenhum
dos dois fenômenos fisiológicos citados se relaciona com a eficácia do passe.
Assim, não se faz necessária a aplicação de força para se ministrar o passe.
132.O
que é passe de dispersão?
O passe de dispersão é técnico
destinada a retirar os fluidos deletérios que possam estar vinculados ao
paciente, pela ocasião das ocorrências do dia a dia, ou de causas específicas,
tais como processos obsessivos. É comumente ministrado aos médiuns, nas
reuniões mediúnicas, após manifestação de entidade perturbada. A função básica
dessa técnica é propiciar alívio ao paciente, assim como desobstrução de sua
capacidade intelectiva, e de vinculação com os benfeitores espirituais.
133.O
que é passe de energização?
O passe de energização é técnico
que objetiva principalmente o fortalecimento energético do indivíduo. Com base
nesse fortalecimento, o paciente pode reorganizar seus mecanismos de defesa
contra investidas espirituais e encontrar motivação com base nas novas reservas
de energia, dentre outros.
134.Como
aplicar o passe de dispersão?
Conforme se observa nas
figuras 1 e 2, o passe de dispersão é realizado pela movimentação dos braços de
cima para baixo, e não de baixo para cima, ao longo do corpo do paciente. As
palmas das mãos devem estar direcionadas para baixo, de forma a se pensar que
algo está sendo retirado do paciente. Os passistas não necessitam, ao final do
percurso dos braços, fazer qualquer tipo de movimento com as mãos com o
objetivo de livrarem-se dos fluidos retirados do paciente, pois tais fluidos
não ficam agregados no passista. Lembramos, mais uma vez, que os movimentos
aqui descritos funcionam apenas como sugestão mental tanto para o passista,
como para o paciente.
135.Como
aplicar o passe de energização?
Conforme se observa na figura
3, o passe de energização é realizado pela imposição de mãos, que são
movimentadas vagarosamente, desde a cabeça até às pernas do paciente, podendo
ser repetido várias vezes tal movimento. É comum o passista, conforme sua
intuição, fixar as mãos por algum tempo em determinada parte do corpo do
paciente, com o objetivo de fornecer maior parcela de fluidos aos órgãos
daquela área, como vemos na figura 4. Durante tais movimentos, o passista
deverá imaginar a transferência de fluidos luminosos de si para o paciente,
tendo a plena convicção de que tais fluidos estão repletos de boas energias. Ao
final do passe, que geralmente começou pela técnica de dispersão, caso o
passista deseje comunicar mentalmente votos de confiança, esperança e paz ao
paciente, é comum o posicionamento das mãos acima da cabeça (centro coronário)
e na direção dos olhos (centro frontal), como mostrado na figura 3.
136.O
pensamento influencia no passe?
Sim. Movimentando ou não as
mãos, é o pensamento do passista, aliado ao do Espírito coordenador do passe,
que direciona os fluidos às regiões mais necessitadas no organismo do paciente.
Em função de seu livre-arbítrio, o passista pode aumentar ou diminuir o fluxo
energético que direciona ao paciente, desde que acredite em sua capacidade de
operar no bem. O paciente, pelo pensamento, pode se colocar no estado mais
receptivo possível, recebendo o maior percentual fluídico, ao passo que, quando
desconfia da eficiência do passe, ou se amedronta por qualquer motivo, forma
como que uma camada de proteção em torno de si que impede a passagem de boa
parte dos fluidos doados. Assim, concluímos que a responsabilidade pelo sucesso
do passe é não apenas do passista e do Espírito que o assiste, mas também do
paciente.
Por Eugênio Lysei Junior
FONTE:
https://espirito.org.br
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