À tarde ALLAN KARDEC chegou à Livraria DENTU, o gerente CLÉMENT o abraçou, visivelmente satisfeito, e disse lhe:
Jules Denis de Sennevoy (1796 - 1881). Comumente conhecido como Barão Du Potet. |
– H. DENIZARD, então?
– Justo. Não me leve a mal se fui meio indiscreto.
– Fez bem, meu caro. Era mesmo meu intento enviar um exemplar ao Barão. Apenas pretendia fazê-lo com o pseudônimo de ‘Allan Kardec’.
– Tive em mente o reclamo que ele poderá fazer d’O LIVRO no ‘Journal du Magnétisme’, agora em nova fase, depois da briga, e todo consagrado ao ‘Spiritualisme’.
– Fico-lhe grato pela intenção. Certamente, haveremos de ter adeptos entre os Magnetistas, principalmente os da nova escola do Barão.
Amandine Aurore Lucile Dupin (1804 - 1876) Mais conhecida como George Sand. |
– Sabe? George SAND surgiu hoje, por aqui. Fiz questão de dar-lhe, também, um exemplar d’O LIVRO. Após rápida inspeção da obra, lendo alguns trechos ao acaso, sem separar as folhas, quis adquirir outro exemplar para enviar a Victor HUGO.
– Exato, ao nosso grande poeta exilado. E HUGO tem escrito páginas e páginas, com pensamentos e versos de poetas e escritores mortos, recebidos pela mesa falante.
– Um poeta genial, como Hugo, não poderia repudiar a teoria espírita, que explica as inspirações. Aliás, sua lira sempre foi, fundamentalmente, espiritualista. Tornar-se-á, doravante, um dos nossos?
– Fatalmente!
– CLÉMENT, o senhor DENTU está lá em cima?
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