O que o espiritismo diz a respeito do inferno?

O inferno está no medo de sua mente!
Muitas pessoas pensam que o inferno (palavra derivada do termo infernum, que tem como significado “profundezas”) é um local que vão depois de morrerem para sofrerem as consequências de seus erros durante toda a vida. Porém, de onde surgiu essa ideia?



Deus, em sua perfeição suprema e bondade, criou os Espíritos para que eles utilizassem de sua glória, e não para serem condenados a eternos sofrimentos. A criação do inferno cristão se deu a partir das concepções pagãs de gozos e penas. Deus condenaria seus filhos em regiões de dores e sofrimentos. Porém, Jesus apresentou ensinamentos contrários.

Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhes pedirem (Mateus. 7.11).

Conclusão:
Deus jamais condenaria seus filhos às penas eternas.

E qual a visão espírita do inferno?

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, diz que o inferno é um estado de consciência, onde os sentimentos ruins e os defeitos predominam na personalidade do indivíduo. São pessoas imperfeitas e ignorantes, que possuem o inferno dentro de suas consciências.

De acordo, então, com o que vindes de dizer, o inferno e o paraíso não existem, tais como o homem os imagina?
São simples alegorias: pôr toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. Entretanto, conforme também já dissemos, os Espíritos de uma mesma ordem se reúnem pôr simpatia; mas podem reunir-se onde queiram, quando são perfeitos.”. Allan Kardec, a seguir, complementa este assunto dizendo que a localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe. Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência infinita não lhe é possível compreender. (Questão 1012, de O Livro dos Espíritos)

E ainda, na obra “O Céu e o Inferno”, o codificador da doutrina espírita, apresenta o que é purgatório, inferno e o céu no mundo espiritual.

E o que dizer do umbral?

O que antes era inferno passou a ser chamado de Umbral. O espírito em seu estado de consciência sofre com as atitudes que foram provocadas por ele mesmo.

No livro “Nosso Lar”, de Chico Xavier, pelo espírito André Luiz, o umbral é definido como “estado ou lugar transitório por onde passam as pessoas que não souberam aproveitar a vida na Terra”.

Diferentemente do inferno, em que o sofrimento é eterno, o umbral é uma passagem, podendo ser curta ou longa, que vai depender do estágio evolutivo da alma e do reconhecimento das faltas que foram cometidas. O umbral é uma “região que é destinada a esgotamento de resíduos mentais”.

Na obra “O Céu e o Inferno”, Kardec apresenta diálogos com os espíritos, que narram suas impressões após o desencarne. Além de esclarecer os mecanismos da lei de ação e reação e o processo da justiça divina.

Por Juliana Chagas

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