Deixemos o julgamento para a justiça. |
O médium João de Deus, que é
famoso pelos atendimentos e cirurgias espirituais que faz desde 1976, está
sendo acusado por assédio sexual por algumas mulheres. Algumas pessoas nos
escreveram pedindo para dizermos algo. Então vamos lá.
PRIMEIRO:
Mediunidade não é propriedade dos espíritas. Dentro de todas as religiões e
fora delas há médiuns, porque todos somos médiuns de alguma forma. Só que
alguns são médiuns ostensivos, são aqueles que ouvem, veem desencarnados,
psicografam, curam, etc... Portanto, há médiuns espíritas e médiuns que não são
espíritas. Uns chamam de profetas, outros de cavalo, etc. Uns falam em línguas,
outros dizem receber o espírito santo e outros. Na Bíblia há muitos relatos de
pessoas que tiveram mediunidade de ver espíritos, de falar com eles e de até
curar. Na transfiguração, por exemplo, Jesus evocou dois mortos: Elias e
Moisés. Os apóstolos viram e ouviram estes espíritos. Então, podemos concluir
que todo espírita é espiritualista (porque
crê em algo além da matéria), mas nem todo espiritualista é espírita (porque não segue os ensinamentos trazidos pelos espíritos
através de Allan Kardec). Portanto, João de Deus não era médium espírita.
SEGUNDO: O
trabalho de cura de um Centro Espírita é a FLUIDOTERAPIA, que são os passes e a
água fluidificada e deveria ser o único. Onde o passista não toca o corpo da
pessoa que está tomando passe, não há cirurgias espirituais, principalmente com
cortes, não há passe particular ou deitado na maca, é somente mãos estendidas
sobre a cabeça, sem tocar a pessoa, porque os fluidos são distribuídos pela
espiritualidade para o local do corpo necessitado e, a finalidade do
Espiritismo não é curar as chagas do corpo, mas da alma.
TERCEIRO: Não
julguemos o médium João de Deus. Não cabe a nós fazermos isto. Cabe à Justiça
dos homens e a de Deus. Dentro de todas as religiões há quem siga os
ensinamentos de Jesus e quem não siga. Os invigilantes sofrem com o ataque dos
obsessores, que querem destruir um trabalho no bem. Mas precisamos lembrar que
os obsessores não criam o mal, eles apenas se aproveitam do mal que há dentro
de nós para alcançar seu objetivo. Muitos missionários se desviam do trabalho a
que se propôs fazer porque sua vaidade aceita a idolatria das pessoas que o
procuram e sua ganância se ilude com os presentes, dinheiros que lhe oferecem.
Mas, nós da doutrina, ou melhor, nós cristãos, não devemos atirar pedra em
ninguém porque todos temos telhado de vidro. Nesta ou em outra encarnação
cometemos muitos erros. Ninguém se lembra o que foi ou fez, mas uma certeza
temos, todos fomos ajudados de alguma forma para caminharmos em nossa evolução.
Jesus sabia disso por isso mandou que atirassem pedra na adultera caso alguém
não tivesse cometido qualquer tipo de erro. Como ensina André Luiz: “Levanta todos aqueles que estiverem caídos
em seu redor. Você não sabe onde seus pés tropeçarão. ” Então, tomemos
cuidado, há sim quem se aproveite da religião para abusar da inocência das
crianças (pedofilia), da
fragilidade de pessoas que passam por momentos difíceis, da fé das pessoas
através do enriquecimento pessoal e da religião através do dízimo e outros,
enfim, como pediu Jesus: “sejamos mansos
como as pombas, mas prudentes como as serpentes”. Por detrás da psicologia
da credulidade pode ter alguém levando vantagem. Trabalhadores de uma casa
religiosa não são pessoas santas, elas lutam com seus sentimentos inferiores
que, muitas vezes, não correspondem com o que pregam. Basta lembrar do Apóstolo
Paulo que disse: “o querer o Bem-estar em
mim, mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o Bem que quero, e sim o Mal que
não quero. ”
Pensemos nisso!
Por Rudymara
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário