Se é para maltratar não tenha! |
A
crueldade contra animais está também entre as situações que muito me
constrangem. Embora igualmente me alimente ainda de carne animal, desde muito
me dói o coração em ver as humilhações e sofrimentos que nós, humanos, ainda somos
capazes de submeter os animais.
É
triste verificar que muitas cidades estão contaminadas por este mal e ainda
submeta os animais ao horrível espetáculo das conhecidas festas populares que
os submetem a sofrimentos. Nada contra peões, nada contra manifestações
populares de alegria e festa. Mas é cruel pensar nos sofrimentos impostos aos
pobres animais, submetidos aos caprichos humanos.
Ainda
que a alimentação de carne ainda seja uma necessidade física e até cultural,
algumas pessoas já conseguiram dispensar o consumo desse produto alimentício e
se declaram vegetarianos. Eu ainda não consegui, mas é lamentável o espetáculo
desses eventos que maltratam animais.
O
assunto é antigo, já gerou disputas judiciais, encontra gente pró e contra em
todo lugar e legislação específica já foi concentrada para evitar tais
ocorrências. Inclusive, por outro lado, tais festas são geradoras de recursos
para muitas instituições. E muitos esforçados peões se entregam com afinco a
tais realizações, gerando vibração e alegria em todo o público.
Mas,
convenhamos, não é melhor rever isso. Nem digo proibir, pois que é uma festa
popular, mas agirmos com mais coerência em tais eventos, dispensando e aí,
proibindo sim, com fiscalização, qualquer método que sujeite os animais ao sofrimento
e às crueldades por capricho humano.
Não
sou especialista no assunto, não tenho experiência com animais e não sou
crítico de quem a eles se dedica, mas quando vejo publicidade de tais eventos o
coração entristece. Com tudo que já se sabe sobre o assunto, as imagens já
mostradas pela internet, os argumentos apresentados pelas ONGs defensoras dos
animais, já é hora para pensar no assunto com mais reflexão.
Os
animais não são máquinas nem brinquedos de diversão. Eles sentem também. Sentem
dor, saudade, gratidão. Ou o leitor discorda disso?
Também
geram seus filhotes, possuem sangue que circula, possuem órgãos que funcionam
iguais aos nossos e formam um universo de seres que auxiliam – e muito – a vida
humana. Como sacrificá-los por capricho? Como submetê-los a crueldades?
Sugiro
ao leitor interessado no assunto aprofundar-se mais na questão dos animais, sob
o ponto de vista da alma dos animais. Entre eles, procure o livro “Gênese da
Alma”, de Cairbar Schutel, para encontrar-se com exemplos, fatos e narrativas
envolvendo animais e que bem dizem da realidade desses seres que também são
filhos de Deus.
Trazem
consigo a tarefa de auxiliar as criaturas humanas, inclusive na alimentação,
como tão comumente usada em todos os tempos. Todavia, submetê-los a crueldades
aí a questão já é outra…
E
pior é que não é apenas nas conhecidas festas populares que isto acontece, mas
no cotidiano da vida humana, onde as mais diversas perversidades são praticadas
contra esses indefesos seres…
Por Orson Peter Carrara
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