Na eternidade tudo têm seu tempo! |
Não, não era para você se separar.
Mas pode ser que não era para você se
casar também.
As possibilidades são muitas
porque quase sempre vai depender da nossa escolha. Nossa vida não é uma
fatalidade, eis que podemos, a todo instante, mudá-la de rumo.
Ocorre que num casamento ou
envolvimento afetivo de qualquer natureza temos que considerar os compromissos
assumidos.
As consequências de nossas
atitudes com relação ao outro são de nossa responsabilidade.
Uma separação causa muito
sofrimento para todos: cônjuges, filhos e familiares. Conheço dezenas de filhos
de pais separados que estão fazendo terapia e tomando psicotrópicos por conta
da separação. Sem contar aqueles que buscaram nas drogas um “refúgio” para
diminuir suas dores.
Para alguns casos a separação
é a melhor opção para todos, incluindo os filhos. Um exemplo seria a violência
no lar com riscos de morte.
O fim do casamento pode
ocorrer, mas não devemos permitir o fim da família. A família deve continuar,
com o apoio àqueles que precisam. Que os filhos tenham “duas famílias” – a do
pai e a da mãe – mas que não fiquem sem nenhuma. As crianças precisam se sentir
seguras e saber que o amor por elas é algo que não vai acabar com fim do
casamento.
O fim de um relacionamento
pode estimular a mesma parte do seu cérebro ativada pela dor física, então é
fácil ser afetado por ele. Haverá então um sentimento físico e mental de
“perda”.
Os Estudos a respeito indicam
que o término de um relacionamento é mais difícil para o homem. Oitenta por
cento dos divórcios nos Estados Unidos são pedidos pela mulher.
Os homens têm uma tendência em
achar que eles podem consertar o relacionamento.
A parceira costuma ser sua
melhor amiga, portanto a única pessoa na sua vida com quem ele se abre de forma
totalmente confortável. Então, quando você ameaça tirar isso dele, ele perde a
sua maior confidente, e isso pode ser devastador.
Do ponto de vista espiritual,
atraímos e somos atraídos irresistivelmente por pessoas com quem tenhamos laços
significativos. Amor e ódio ligam os espíritos através dos séculos, às vezes
milênios.
Então, se é verdade que
podemos ser atraídos por pessoas “certas”, com quem nos afinizamos, também é
verdade, e muito comum em nosso estágio evolutivo, que somos atraídos por
espíritos que reencarnam próximos de nós para que nos reajustemos uns com os outros.
Boa parte das obsessões
crônicas decorrem de problemas amorosos: traições, abandono, rejeição,
assassinatos passionais.
Não podemos subir um degrau
evolutivo sem superar a prova equivalente ao degrau em que estamos.
Se esta prova é um
relacionamento difícil, não devemos simplesmente fugir dela. Isso é adiar essa
prova para um futuro provavelmente com circunstâncias mais difíceis.
Somos responsáveis pelos
nossos afetos e pelos compromissos que firmamos. O abandono destes compromissos
acarreta, inevitavelmente, débitos espirituais entre as pessoas envolvidas.
Quando nascem os filhos, são
mais espíritos envolvidos, quase sempre obedecendo a um planejamento da
espiritualidade maior que cuidou para que tivéssemos oportunidade de nos
reunirmos sob o mesmo teto na tentativa de harmonização.
A
família é o laboratório espiritual na Terra.
Por isso é importante tentar
manter o casamento até onde for possível, investindo nele por meio de atitudes
saudáveis de respeito, amizade e companheirismo, gentileza e amor.
As pessoas que encontramos
fora do casamento podem nos parecer muito interessantes unicamente pelo fato de
estarmos entediados, desgostosos ou decepcionados com o casamento. Quando
estamos carentes não precisa muito para despertar uma paixão, que é facilmente
confundida com um grande amor.
Podemos encontrar, realmente,
alguém com quem tenhamos laços de amor. Mas isso não nos dá o direito de
abandonarmos a pessoa com quem estamos compromissados. Podemos fazer isso, é
claro. Mas cientes de que estamos agravando uma situação de conflito com a
pessoa que abandonamos, talvez gerando uma inimizade, muitas vezes
inviabilizando o convívio harmonioso entre pais e filhos.
Cada pessoa sabe de si – ou
deveria saber – e cada um deve saber até que ponto é possível manter um
relacionamento conjugal.
Não se pode estimular a troca
de parceiros. Nosso aprendizado requer esforço. E este esforço, em se referindo
aos relacionamentos, é um exercício constante de paciência, tolerância,
compreensão e aceitação de novos pontos de vista.
Achar que temos condições de
“seguir o que diz o coração” é superestimar a capacidade humana atual, em que
nos deixamos levar por paixões, desejos e atração física: “ser feliz a qualquer
preço, pois a vida é curta”.
Isso tem um preço muito alto
nesta e noutras vidas.
Todos têm o direito de novas
chances, de tentar de novo, afinal, ninguém nasce para sofrer.
Mas há que se pesar com muito
cuidado os prós e contras. E dificilmente alguém que esteja apaixonado consegue
ser imparcial. Mente para si mesmo exagerando os defeitos do seu cônjuge atual
porque está entusiasmado com as qualidades irreais que a sua paixão atribui à
pessoa por quem se apaixonou.
O matrimônio, desse modo, é
uma sociedade de ajuda mútua, cujos bens são os filhos — Espíritos com os quais
nos encontramos vinculados pelos processos e necessidades da evolução.
Pensa, portanto, refletindo
antes de casar. Reflexiona, porém, muito antes de debandar, após assumidos os
compromissos.
Quando um dos cônjuges não
quer, é muito difícil manter a união. Caso tenha acontecido com você, levante a
cabeça e busque a renovação interior, com a autoanálise sincera. Aproveite a
experiência que passou, sem culpar ninguém. Não se faça de vítima. Assuma seus
erros e cresça.
Os sofrimentos podem nos
elevar a patamares de compreensão da vida nunca vistos, se bem aproveitados.
Se você se considera “vítima”
do cônjuge que partiu, perdoe sempre, confie e siga em frente, fazendo o bem
que puder.
Suas cicatrizes são a prova de
que você sobreviveu. Então comemore.
Por Fernando Rossit
FONTE: https://www.kardecriopreto.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário