Suicídio?

Ou Uso do Livre Arbítrio?

As religiões do mundo possuem muitas diferenças entre si, mas em determinados pontos, elas tem muito em comum.


E o Espiritismo também não foge a regra, vamos comentar sobre o suicídio intencional, não cabe a nós, neste curto espaço, escrever o que as religiões pensam a este respeito, creio que todos os leitores já devam ter uma noção sobre esses pensamentos.

Vamos narrar uma estória para que possamos refletir sobre este título e subtítulo.

Bob, um homem de 48 anos, vendedor de peças automotivas, há três anos descobriu ser possuidor de uma doença degenerativa e progressiva. Numa bela tarde, conduzia seu veículo, quando perde o controle e bate violentamente contra o poste, sendo socorrido ao hospital, descobre que terá que se submeter a uma cirurgia cardíaca de alto risco, para desbloquear uma artéria. Após horas, ele acordou em seu leito, a operação foi bem sucedida, porém, devido a sua doença degenerativa ter-se complicado, ele teria que ser ligado ao respirador permanentemente, conseguintemente, perderia a fala. Os seus movimentos físicos, também estavam prejudicados, por isso, deveria utilizar-se de cadeira de rodas, e ter o auxilio permanente de uma pessoa. Neste instante - a sua única filha que tudo ouvia -, disse ao médico.

– Eu vou cuidar dele.

Com o passar das horas, Bob sendo corroído por sua angustia, notou que seu leito, se localizava no andar dos pacientes que aguardavam um transplante, assim, acabou conhecendo alguns desses pacientes e suas histórias.

Aquela noite foi a mais longa e angustiante que Bob já havia vivido. Em suas reflexões, pensou, analisou os pós e contras, até conseguir cochilar; noutro dia, às dez horas, o médico veio para realizar o procedimento de intubação.

Mas Bob, havia tomado outra decisão, ele queria ser doador de órgãos, o médico supresso, disse que pra isso ocorrer ele deveria morrer, então Bob lhe disse;
– É isso que desejo doutor.

O médico não aceitando este desejo, tentou persuadir Bob dessa sua ideia, e Bob só disse uma frase ao médico.
– Doutor, eu vou poder falar? Andar? Pegar as coisas? Fazer minhas necessidades biológicas sozinho? Vou viver mais de cinco anos? E mais, não quero que minha filha deixe de viver a sua vida para viver o resto da minha.

O doutor olhou nos olhos de Bob, viu suas lagrima correrem ao canto e lhe respondeu.
– Infelizmente não poderá fazer nenhuma dessas coisas. Mas Bob, isso é suicídio! E eu não compactuo com tua decisão, portanto, não vou realizar a cirurgia.
O médico tentou sua última cartada para mover Bob dessa vontade.
        
No fim daquele dia, Bob foi pra cirurgia, retirar seus órgãos, ele quis morrer em vez de viver. O resultado disso foi que Bob salvou um jovem de 22 anos com os seus pulmões, um menina de 12 anos com seu fígado, um homem de 43 anos com o seu coração, uma mulher de 34 anos com suas córneas, dois moços, um de 28 anos e o outro com 29, com os seus rins.

Mais tarde, o médico que atendeu Bob, disse que foi convencido em realizar este procedimento, com um argumento muito sólido, Bob disse ao médico:
– Doutor, se Jesus escolheu morrer por uma causa, porque eu, não posso morrer por essa causa?


Aqui deixamos esta estória para uma análise individual aos leitores. Sabemos que moralmente o suicídio é um equívoco, mas a argumentação final, que Bob fez ao médico, tem sua extrema relevância.

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