Discórdia na Casa Espírita |
Venho estudando o Espiritismo já algum tempo, atuando nas diversas atividades existentes dentro destas instituições. Como colaborador de alguns Centros Espíritas e Casas Espíritas (1), na região a qual eu convivo. E após 17 anos, de aprendizado e observação, notamos que há sim, discórdia dentro das Casas Espíritas, mas até ai, tudo normal. Afinal dentro de um grupo de pessoas com conhecimentos, ideias e interesses, os mais diferentes possíveis têm que surgir de vez em quanto, a discórdia.
O mais interessante é que a discórdia é abafada ao máximo, são poucos os que ficam sabendo dela ou que ela existe dentro da Casa Espírita. Os responsáveis pela direção tentam conforme suas condições, negar ou disfarçar a existência da discórdia entre os seus trabalhadores, em vez de tentar resolver.
Pergunto-me o porquê disso?
E cheguei à conclusão de que os responsáveis pela Casa Espírita possuem uma sensibilidade para tentar apaziguar as coisas, para não “sair” do seu “aparente” controle e se transformar em polêmicas discussões. E principalmente que não haja conflitos –subentenda como abandono – entre os grupos de trabalhadores, para não prejudicar o andamento das atividades. Isso só aumenta os problemas já existentes, porque o mal não é enfrentado logo ou se fica prolongando a sua solução, pior ainda, se acumula com outros problemas que vão surgindo. Assim, é que se criam os grupos rivais de trabalhadores, que ficam lutando entre si, por um espaço maior na mídia.
Quais são os motivos que levam as Discussões?
Fizemos uma pequena lista dos problemas mais significativos:
1. Falta de Organização: a Casa Espírita é uma empresa, possui CNPJ, Inscrição Estadual, Recolhe Taxas, portanto, tem que agir como tal. Isso significa ter organogramas bem claros, objetivos definidos, dirigentes preparados, motivados e parceiro dos trabalhadores.
2. Falta de Objetividade: afinal qual é o objetivo da sua Casa Espírita? Pra que existe? Qual a finalidade de cada atividade exercida na Casa Espírita? Tudo que se faz tem que possuir uma Objetividade, Seguida de uma Avaliação de Resultados.
3. Falta de Líder Eficaz: é aquele cumpridor de seus deveres de dirigente: faz reuniões com a equipe, chega no horário determinado, distribui funções, aloca recursos, mas não necessariamente consegue bons resultados, essas são características do líder eficiente. Mas a Casa Espírita necessita dos Lideres Eficazes, são aqueles que fazem tudo o que está descrito acima, mas tem como característica principal, conseguir resultados.
4. Falta de Preocupação: “O verdadeiro líder se preocupa com as pessoas” Robert Vanourek. Não podemos esquecer jamais, que os trabalhadores também são pessoas que passam por dificuldades, eles também precisam de atenção.
5. Falta de Participação: quando Allan Kardec fundou o primeiro grupo de Estudos Espíritas na França, denominou como Sociedade, por que disso? Para que a participação das ideias fosse de todos os envolvidos. Não somente de uma elite.
Os conflitos existem na Casa Espírita, e não vão deixar de existir enquanto os seus responsáveis não pararem de se omitirem das suas responsabilidades, pois, quem está há frente de uma direção, precisa ter pulso firme para realizar as mudanças que a Casa Espírita necessita, assim, aperfeiçoando sempre o andamento dos trabalhos e de seus realizadores.
Por fim, temos que entender e enfrentar as discussões que existem na Casa Espírita, elas acontecem porque, os trabalhadores de uma forma ou de outra, não estão contentes com a forma que anda as coisas. Então condutores de Grupos Espíritas, está na hora de realizar encontros de Harmonização Fraterna (conversação) para acalmar os ânimos e encontrar soluções.
Todos que se pré-dispõe ao trabalho dentro da Casa Espírita, possui um valor importantíssimo, tendo experiências que foram adquiridas com o tempo de experiência no exercício das funções. Por isso, têm que participar das decisões, assim como, aqueles que participam financeiramente com a Casa Espírita, desde que essas opiniões não fujam dos objetivos estabelecidos pela Doutrina Espírita.
(1) Explicaremos posteriormente a diferenças entre Centro e Casa Espírita.
Na verdade o que falta na casa espírita é uma liderança, pois ela anda a deriva, assim não há discussão direta, afinal espíritas não discutem. Yara
ResponderExcluirO que ocorre é que as vezes o presidente se acha dono da Casa Espirita, acarretando discordias..
ResponderExcluirEste debate deve ser exposto na Casa Espírita, para aprimorar a formação dos colaoradores.
ResponderExcluirEstou de acordo, deve haver mais debate dentro das Casas Espíritas, mas a verdade que os "donos" das casas não desejam esses debates ou não querem as mudanças que são necessárias...
ExcluirO que estraga as casas espiritas, são os grupinhos, e o comodismo dos líderes. A falta de compromisso com estudo dos trabalhadores
ResponderExcluirA importancia da reunioes fraterna com todos, como um grande familia. As mundanças depende da compreensão da Doutrina, e qual e seu grande objetivo. Somos eterno aprendizes.
Estou em pleno acordo contigo, vamos aguardar as mudanças das pessoas com o tempo... É o que podemos realizar por enquanto...
ExcluirSou fundador de uma casa espírita , faremos 32 anos de atividades em junho de 2017. Antes de desenvolvermos as atividades de fato, nos comprometemos com o estudo da doutrina por 12 anos. A rotatividade inevitável nos conduziu a um preparo maior na lida com nossos colaboradores. Sao muitos os chamados e poucos os escolhidos disse Jesus, e não é diferente na seio da família espírita. Percebe-se muitos que adentram a doutrina e pouco tempo depois sentem-se no direito de disputar espaços ou fazer valer suas idéias , mas o fazem de forma impositória. Criam conflitos em qualquer idéia de aperfeiçoamento que se queira implantar. O problema não está em freiar certas investidas mas em ver aumentar conflitos por indignações pessoais. Como fundador de uma casa que não é minha eu procuro apenas garantir que as atividades prioritárias não sejam atingidas pelo entusiasmo desenfreado de alguns. Os conflitos sempre existirão e são eles o nosso exercício de paciência e tolerância.Devemos sim, buscar entendimento e participação de todos nas idéias novas e nos projetos da casa. No entanto o colaborador não pode e não deve pensar que tudo é aplicável. Existem decisões administrativas que se implantará independente de do grupo.Mas tambem existem decisões que dependem de custos e irão depender de liberação de verbas, estas devem sempre passar pelo crivo dos colaboradores. Afora isso é preciso que deixem a administração do grupo trabalhar.
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