O Papa-Passes

Passe Choque Anímico (CA)

Termo bem conhecido no meio espírita é um indicativo dos assistidos que só buscam na Casa Espírita os alívios proporcionados pelos passes, não querendo buscar a verdadeira cura do Espírito, a transformação moral de suas atitudes.


Podemos chamar de papa-passes aquele trabalhador que pra realizar qualquer atividade dentro do centro, mais pra que isso possa ocorrer, precisa “tomar” passe. Esse tarefeiro viciado no passe chega afirmar que se não receber o passe não tem condições de praticar as suas atividades, pois, não acredita ter mérito para tal atividade.

Temos assim, trabalhadores espíritas com uma enorme dependência dos passes, ao ponto de receberem passes todos os dias, às vezes, mais de uma vez por dia...

Esse vício é decorrente em sua grande maioria pela imposição que a Casa Espírita coloca sobre o trabalhador espírita, que se torna “obrigado” a receber passes sempre que realiza uma atividade. Os dirigentes utilizando-se de uma justificativa questionável, a de que, tem que se receber o passe para a “limpeza” das impurezas adquirida na rua. Pergunto-me;

E a impureza que se traz no coração
E que o passe não limpa!
O que fazer?

O segundo motivo da dependência em passe está na falta de compreensão sobre este, para simplificar, pergunte aos médiuns videntes, clarividentes ou clariaudientes da casa espírita que você frequenta, como se processa o trabalho dos Espíritos na câmera de passe, e terás como resposta, um trabalho de cura.

Portanto:

“Recebe o passe o enfermo. Se o passista se admite enfermo, não deveria ministrar passes. Se ele julga que, a cada passe que dá, o seu fluido vai se exaurindo a ponto de mortificá-lo, atribuindo à sua prática os cansaços e tonteiras que tem, é digno de assistência intelectual e farmacêutica. O fluido vital pode ser doado de um indivíduo para outro ou não. Durante o passe, pode suceder que o passista doe do seu fluido ou não. Quando o passista doa dos seus próprios recursos, devido ao paciente exigir certa cota de vitalidade, seu organismo recupera-se por suas próprias funções, podendo também ser auxiliado nessa reposição pelos técnicos espirituais, sem a exigência de receber passe de encarnado. O certo é que, em qualquer tipo de passe, o passista não necessita de revigoramento imediato, mesmo que haja perdido fluidos vitais, pois estes podem ser recompostos pela alimentação habitual, pelo ar, pela água, pelos bons pensamentos, pelos mentores espirituais. Admitir o contrário é não confiar nos Espíritos e em suas informações, optando pelo personalismo.”

Por Sidney Ornellas

O texto entre aspa foi extraído do livro:
Mediunidade tire suas dúvidas de Luiz G. Pinheiro

2 comentários:

  1. O que fazer para reverter essa situação, de frequentadores viciados em passes? quando se sugere uma limitação dos passes sempre alguém argumenta que se fizermos isso a frequência cai...

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    1. Aí entra a importância do esclarecimento, tanto nos cursos como nas palestras sobre o que é e como funciona o passe, para que serve e como deve ser utilizado... Uma maneira de dar uma autoconfiança aos frequentadores e ensinar o auto passe... Isso pode melhorar a autoestima das pessoas em si mesma...

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