A consciência acalma o coração e ameniza o sofrimento. |
Essa
é a visão espírita sobre o sofrimento. Todos que sofrem devem passar pelas
tristezas da vida sem reclamar.
Isto
significa que ninguém deveria ir ao médico se queixar de suas dores; ninguém
deveria correr atrás de seus direitos quando fosse necessário.
O
mais curioso disso tudo é que os próprios adeptos do Espiritismo, conhecedores
desses conselhos, não os seguem. Vivem reclamando da má sorte. O Espiritismo
diz que a dor é uma bênção:
“A dor é uma bênção que Deus envia a seus
eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei, de Deus
onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.” (O Evangelho Segundo o
Espiritismo, capítulo 9, item 7).
Quando
o codificador perguntou sobre como pessoas justas poderiam evitar os males da
vida, a resposta foi:
“Deve resignar-se e sofrê-los sem murmurar, se
quer progredir. Sempre, porém, lhe é dado haurir consolação na própria
consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é
preciso para obtê-lo.” (O Livro dos Espíritos, item 924, grifo nosso).
O
conselho para uma mãe que vê um filho sofrer e precisa pedir esmolas:
“Pobre criatura! és mãe, teus filhos
sofrem; sentem frio; tem fome, e tu vais, curvada ao peso da tua cruz,
humilhar-te, para lhes conseguires um pedaço de pão! Oh! inclino-me diante de
ti. Quão nobremente santa és e quão grande aos meus olhos! Espera e ora; a
felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos que nele confiam,
concede Deus o reino dos céus.” (ESE, capítulo 7, item 11 - grifo nosso).
Para
os de má sorte: Quando Kardec perguntou sobre aquelas pessoas, que vivem
sofrendo, porque nunca tem sorte em nada. Seria tal má sorte uma fatalidade? A
resposta foi:
“Será uma fatalidade, se lhe quiseres dar
esse nome, mas que decorre do gênero da existência escolhida. É que essas
pessoas quiseram ser provadas por uma vida de decepções, a fim de exercitarem a
paciência e a resignação. Entretanto, não creias seja absoluta essa fatalidade.” (LE, item 862 - grifo nosso).
Quanto
mais sofrimento tiver, melhor:
“Tu mesmo escolheste a tua prova. Quanto
mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam
a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes, que
permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior
ao dos felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram
as provas que lhes sejam mais proveitosas.” (LE,
item 866 - grifo nosso).
Como
vemos, nem vida abundante e próspera a pessoa pode ter. Se alguém tem uma estrela
brilhante é considerada um pusilânime (fraco,
covarde).
“Demais,
ele (o espírita),
sabe que as amarguras da vida são provas úteis ao seu adiantamento, se as
sofrer sem murmurar, porque será recompensado na medida da coragem com que as
houver suportado. Suas convicções lhe dão, assim, uma resignação que o preserva
do desespero e, por conseguinte, de uma causa permanente de loucura e
suicídio.” (O Livro dos Espíritos,
Introdução item 15 - grifo nosso).
Assim,
de acordo com a doutrina espírita, o indivíduo precisa não somente parar de
reclamar, mas sofrer. Sofrer com coragem as infelicidades da vida.
E
ainda ensina que o Espiritismo traz consolação: “Como civilizado, o homem
raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Mas, também, lhe é facultado raciocinar
sobre os meios de obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a
encontra no sentimento cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no
Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.” (LE,
item 933 - grifo nosso).
Como
alguém que é induzido a sofrer sem reclamar, sem lutar para mudar uma situação
difícil pode se sentir consolado por tais ensinamentos? Jesus, ao contrário
ensinou: "eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância; Eu sou o
bom pastor, o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (João 10:10-11).
Ele se compadeceu dos que sofriam, como
também curou os feridos de alma e espírito. Isso sim é a verdadeira consolação.
Disse Jesus:
“Conhecereis a verdade
e a verdade vos libertará”
João 8.32
FONTE:
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