A influência do corpo espiritual na formação do corpo físico

Momento delicado para o espírito.

Sabemos que o espírito imortal, altamente complexo, atua em relação ao desenvolvimento embrionário como o Modelo Organizador Biológico descrito por Hernani Guimarães pela primeira vez em 1958.


Teoria similar veio a ser proposta, apenas recentemente, pelo renomado biólogo Rupert Sheldrake que chamou esse sistema imaterial com função modeladora, MOB de H. Guimarães, de campo morfogenético.

Sheldrake, inicialmente, descreveu os campos mórficos que atuam em grupos de seres conectados entre si por inter-relação estável e os descreveu como a teoria do 99º macaco.

Os campos mórficos não são campos elétricos ou eletromagnéticos, não são campos carreadores de energia, por isso eles não perdem potência em relação à distância em que atuam. Isso se reveste de grande importância quando consideramos os campos mórficos que unem populações de animais, seres humanos e outros grupos de seres vivos. Esses campos transportam informação, por mais estranho que isso possa parecer.

O campo morfogenético, de ação individual, atuaria como modelador tridimensional do crescimento de células e tecidos específicos permitindo uma adequada proporção somática entre os diversos órgãos e o organismo como um todo. Função essa não cumprida pelos ácidos nucléicos.

Tal pode ser inferido pela adaptação de um tecido exógeno implantado às dimensões espaciais do receptor, como ocorre nos transplantes de fígado.

A porção do órgão recebida mantém sua carga genética original, porém cresce e molda-se ao receptor conforme seu tamanho e não conforme as dimensões orgânicas do doador, pois se assim fosse, o doador teria que ter além de carga genética compatível, ter também compatíveis o tamanho de seus órgãos e vísceras passíveis de doação.

É claro que essa compatibilidade se faz necessária, em certos graus, em casos de órgãos como o coração, cuja dimensão influi na capacidade de ação como bomba ejetora que é.

Sem o campo morfogenético, limitador e organizador do crescimento celular e tecidual, esse processo ocorre apenas sob as ordens dos ácidos nucléicos, mas sem a possibilidade da organização espacial tridimensional proporcional como é encontrada em organismos vivificados por esse princípio.

Tratar-se-ia de proliferação tissular semelhante à que observamos em meios de cultura artificiais. Talvez, algum grau maior de ordem possa ser oferecido pela ação indireta do sistema modelador próprio do psicossoma materno. E, é este o argumento usado por André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos para explicar a questão 356 do livro dos espíritos.

Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espírito?
“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nenhum espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vem por seus pais.”

Questão esta intrigante pela afirmação da existência de natimortos para os quais não haveriam espíritos designados. É provável que o termo natimorto não tenha sido usado conforme é hoje definido pela medicina moderna.

Natimorto é a morte do feto ocorrida ainda dentro do útero. Trata-se de morte fetal e não embrionária. Quando ocorre morte fetal precoce, antes de 20 semanas de gestação (ou mesmo embrionária, até a 11ªsemana de gestação) o processo de perda é chamado de abortamento. O produto do abortamento é o aborto.

Quando uma gestação chega ao período fetal houve, necessariamente, a formação de todos os órgãos da economia sistêmica humana em seus mais minuciosos detalhes.

O feto precisa de um coração eficiente no bombeamento sanguíneo e de um sistema circulatório perfeito para que seu adequado crescimento ocorra. Essa precisão somente seria obtida sob a direção do campo morfogenético, imaterial, mas imprescindível para a morfogênese exata dos seres vivos.

Caso o sistema morfogenético do psicossoma materno, ou espírito materno, fosse capaz de oferecer esse controle a um outro indivíduo em processo de desenvolvimento orgânico na intimidade dos tecidos desse seu ascendente, poderíamos inferir que analogamente existiria, também, outra possibilidade ainda mais questionável.

A possibilidade de que, pelo mesmo processo, os tumores oriundos das células germinativas pudessem se desenvolver com arquitetura mais harmônica do que encontramos, por exemplo, em portadoras de teratomas ovarianos.

Os teratomas possuem a capacidade de multiplicação e diferenciação tecidual que encontramos nos tecidos embrionários mais precoces, mas a falta de um modelador de ordem espiritual faz com que, efetivamente, produzam-se apenas tecidos monstruosamente aglomerados em oposição ao embrião trilaminar que sucede ao relativamente simples blastocisto.

Argumentariam outros que, neste caso, não existe a vontade materna em gestar e receber um filho em seus braços. O que, de fato, agiria na condução da força do campo morfogenético materno para que atuasse indireta e excepcionalmente sobre os tecidos ovulares.

Entretanto se o campo morfogenético materno já é o molde para seu próprio organismo, esperaríamos, nesta circunstância hipotética, que o organismo gestado, através dessa influência, preservasse as características somáticas maternas. O que nos parece um tanto complexo para se dar frequentemente.

O item b da questão 356 do Livro dos Espíritos nos apoia nessa conclusão, ainda que indiretamente:

Toda criança que sobrevive tem, necessariamente, um Espírito encarnado? Que seria ela, sem o Espírito? Não seria um ser humano.

Por Giselle Fachetti


FONTE: http://medicinaespiritual.blogspot.com.br

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