Remorso, um mal conquistado

Pense antes de fazer e faça correto!
As leis de Deus são leis imutáveis que encontramos nas próprias leis da Natureza, as quais regem harmonia e equilíbrio em tudo. Desde os milhões de astros que flutuam no espaço, num rigor impressionante de movimentos entre si, até a estupenda perfeição de funcionamento do organismo físico humano.


Tudo é equilíbrio e perfeição.

Ocorre que o ser humano, em razão de suas inúmeras reencarnações que vivenciou, até então, necessárias para o aprendizado e aperfeiçoamento, e que tiveram o início na simplicidade e na ignorância em tudo, acabou por adquirir para si, acertos e erros. Quanto aos acertos, adicionou energias positivas para o Espírito, e dos erros, impregnou-se de energias densas.

Nesse processo evolutivo, muitos aceitaram a corrigenda dos deslizes praticados e equilibraram suas situações perante as Leis Divinas, com reparos, sofrimentos e o uso do perdão, enquanto, muitos outros, não aceitaram e continuaram no erro, pois, entenderam que agiram certos e que suas vítimas receberam o que mereciam.

Assim, esses que estão nessas condições mais rebeldes, momentaneamente, estarão de bem com suas consciências e os fatos ocorridos, desta feita, passarão para o inconsciente onde vão carregar essas ações, até que um dia, nesta vida ou em outras, com esclarecimentos redentores, ficarão cientes que tomaram decisão errada e prejudicaram suas vítimas, criando-se então, o chamado remorso.

Destarte, podemos dizer que remorso é a inquietação da consciência por uma culpa que carrega, a qual poderá chegar a um caso patológico. Nesse sentido, o peso do remorso será a força que vai preparar o arrependimento que, por sua vez, ativa as energias renovadoras e regeneradoras do Espírito. Em outras palavras, é o estágio entre o erro, o reconhecimento do erro, o reparo do erro e a conquista da luz da compreensão que nunca mais o fará errar nas mesmas circunstâncias.

- Se o arrependimento ocorrer na espiritualidade haverá um único caminho a seguir, que é a reencarnação, aonde, na escola da vida, irá o Espírito reparar e reequilibrar o mal que afetou injustamente outrem. (L.E.991)

- Se o arrependimento chegar ainda na caminhada terrestre, deverá ser aproveitado, imediatamente, para reparar as faltas com sua vítima, pois, o caminho será mais rápido e menos doloroso. (L.E.992)

Razão da recomendação de Jesus:

“Reconcilia-te o mais depressa possível com seu adversário, enquanto estás a caminho”. (E.S.E.)

Na realidade, o remorso não existe onde o senso moral ainda se acha em estado latente. Há necessidade de avanço nas vidas sucessivas com desafios e experiências para que o Espírito eterno desenvolva o discernimento entre o certo e errado, entre o bem e o mal e, em consequência, virá o entendimento de suas ações. Assim, o erro praticado será, muitas vezes, o remédio amargo para o aprendizado.

Como exemplo elucidativo pode-se citar as ações praticadas pelos bárbaros na antiguidade, pelos usos e costumes de conquistas, onde muitos deles, atualmente, estão reencarnando em nossos meios sociais, após longos estágios nas áreas espirituais mais densas, sem condições de acompanhamento do progresso Humano, os quais trazem imantados nos Espíritos, personalidades violentas e culturas da sua época, sendo insensíveis ao bem e a moral, culminando com práticas de crimes bárbaros sem qualquer remorso na consciência.

No desenvolvimento progressivo do ser humano, o remorso é o primeiro passo para o encontro do bem e funciona como um estigma para o Espírito culpado, ou seja, um sinal, uma marca, que dia mais, dia menos, virá à tona para o devido equilíbrio. Quando muito prolongado esse período, entre a conduta maléfica e o remorso, acaba por deixar marcas nos tecidos perispirituais, gerando desequilíbrios físicos e psíquicos nas reencarnações futuras.

André Luiz nos traz elucidações importantes a respeito desses fatos no livro, “Evolução em Dois Mundos”, com as seguintes palavras:

“O remorso provoca distonias diversas em nossas forças recônditas, desarticulando as sinergias do corpo espiritual, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade”.

Acrescenta ainda:

“Essas desarmonias orgânicas, como distúrbios nervosos de vários matizes, angústias, depressões e enfermidades longas, são, algumas vezes, agravadas e prolongadas pelo assédio vindicativo dos seres a quem ferimos”.

Por Marianna 

FONTE: http://www.forumespirita.net

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