Sem assustar consciências, este é o objetivo. |
O
que fazem os espíritos no mundo espiritual enquanto aguardam a nova
reencarnação?
Saiba
como é a rotina nas colonias espirituais!
Na
visão do Espiritismo, nossa alma não morre junto ao corpo. Ela é dirigida ao
mundo espiritual, onde aguarda uma nova oportunidade de voltar à vida física.
Mas, enquanto essas almas estão lá, o que fazem? Confira agora um pouco da
rotina que é levada no mundo espiritual!
A rotina no mundo espiritual
O
tempo no mundo dos espíritos é diferente do tempo como o conhecemos. E a sua
rotina também se diferencia da nossa, visto que eles têm uma noção mais ampla
do período do qual dispõem para dar conta de suas obrigações. Na colônia Nosso
Lar, por exemplo, André Luiz relata situações do cotidiano dos espíritos que lá
habitam. Assim como no mundo físico, eles acordam após algum período de
descanso que, para nós, seria o equivalente ao sono noturno. Ao despertar,
fazem suas preces de agradecimento e reconhecimento ao criador para, em
seguida, fazer a higiene pessoal e, quando ainda necessitam, fazer também o
desjejum, ou seja, a primeira alimentação do dia. Somente após estas etapas de
preparo é que eles se dirigirão aos seus locais, onde vão desempenhar as suas
funções de trabalho ou estudo.
Explicando:
Não
entre em pânico com o que você acabou de ler. Quanto mais evoluído o espírito
for, menos necessitará de repouso, porém, outros espíritos ainda necessitam
dormir à semelhança de quando ainda estavam encarnados. Talvez nunca lhe tenham
falado, mas espíritos recém-chegados às colônias espirituais e aqueles que lá
habitam por pouco tempo, bem como espíritos que têm mais dificuldade de se
desapegarem dos hábitos terrenos, ainda mantêm determinados comportamentos
típicos de encarnados, como se alimentarem, usarem o banheiro, fazerem a higiene
pessoal – tudo feito exatamente como quando ainda estavam encarnados. Isto só é
possível graças ao perispírito que está impregnado dessas informações. Como as
colônias espirituais foram criadas com o objetivo de proporcionar a seus
moradores a mesma sensação de habitar uma cidade terrena, tudo por lá é uma
copia perfeita de tudo que se vê por aqui. Um detalhe importante: nem todos os
espíritos são capazes de retirar do fluido cósmico universal a energia para
alimentar seu perispírito. Então, eles contam com a ajuda dos moradores das
colônias que os acolhem para o preparo de alimentos a base de sucos, sopas e
frutas.
Cada um no seu quadrado
A
organização de uma colônia respeita diretrizes muito semelhantes àquelas que já
conhecemos por aqui. Assim, ao desencarnar e ser designado para cumprir
determinada função, qualquer espírito terá uma ideia básica de como a “máquina
pública” funciona por lá. Como ensina André Luiz, no livro Nosso Lar, toda
colônia tem um governador, ou seja, uma espécie de prefeito ou administrador.
Após assumir seu mandato, este espírito administrador reúne sua equipe de
ajudantes, que em Nosso Lar é conhecida como ministros e se equivaleria, aqui,
aos secretários do prefeito.
A
partir daí, cada repartição tem um responsável encarregado de zelar pelo seu
bom funcionamento. Todas as escolas, os hospitais, os departamentos dos
ministérios têm seus diretores. Esses diretores têm seus auxiliares que, por
sua vez, têm colegas de trabalho para o exercício de suas funções. Como informa
André Luiz, assim que o espírito recém-desencarnado ou recém-chegado à colônia
se sente disposto, é convidado a ocupar seu tempo, seja através do estudo ou
prestação de serviços. Nas colônias, não há empresas e toda a demanda de
produção de trabalho e serviços é comandada pela administração local desde a
produção de alimentos fluídicos, vestes, viagens, remédios, etc.
Explicando:
Para
os espíritos comprometidos com o bem, não há ócio e nem tempo a perder. Se você
pensa que vai passar a eternidade à toa quando desencarnar, se engana, porque
trabalho por lá é o que não falta. Os desencarnados têm obrigações, assim como
qualquer encarnado. A única diferença para quem está por lá é que eles
trabalham para seu aprimoramento moral, espiritual ou simplesmente pelo
bem-estar, que o trabalho ou amparo ao próximo proporciona. Enquanto aqui as
pessoas trabalham para acumular bens, no plano espiritual cada espírito dispõe
apenas do necessário para o funcionamento normal. Na colônia Nosso Lar, por
exemplo, existe até pagamento para aqueles que estão inseridos no trabalho
local. É o bônus hora, uma espécie de moeda corrente na colônia, que visa incentivar
uma troca merecida entre quem trabalha e quem desfruta do conforto da colônia.
Segundo o espírito André Luiz, a adesão é grande. Um exemplo muito interessante
é a questão do vestuário. Em algumas colônias existe um departamento para
cuidar da produção de peças de roupas para aqueles espíritos que não conseguem
plasmar as próprias vestes.
Trabalho, trabalho, trabalho…
Falando
dessa forma, parece que os espíritos só pensam em trabalhar e nada mais. Na
verdade, não é bem assim. É recomendado que cada cidadão dedique seu tempo ao
trabalho, ao estudo e ao lazer de forma que possa aproveitar bem a estadia no
plano espiritual e programar suas reencarnações futuras. O espírito nunca
retroage e, como conhecimento nunca é em demasia, nada custa a ele aprender
cada vez mais. Às vezes, o próprio trabalho é uma escola e prepara o espírito
para funções que ele poderá ter quando reencarnar. Por exemplo, um espírito que
trabalha como auxiliar dos médicos do plano espiritual pode, ao reencarnar,
escolher seguir carreira na medicina. E acontece também de forma contrária,
como um espírito que trabalhou na área médica desempenhar funções parecidas no
plano espiritual, desde que esteja capacitado.
As
colônias se localizam muito próximas à crosta terrestre e, segundo ensinam os
mentores espirituais, muitas coisas que fazemos aqui, inclusive muitos dos
objetos que usamos, são adaptações do que já existe por lá. A nossa rotina
também é muito parecida. Por exemplo, o lazer é sempre gozado em atividades que
engrandeçam o espírito, como peças de teatro, concertos musicais, leituras,
passeios pela colônia e em visitas a colônias vizinhas, etc.
Explicando:
Vida
boa que estes espíritos levam por lá, não é mesmo? Pois é. Segundo autores como
André Luiz (Nosso Lar – editora FEB), Patrícia (Violetas na Janela –
editora Petit) e Antonio Carlos (A casa do escritor – editora Petit), é mais ou menos esse contexto mesmo. Leva-se uma vida
muito boa, sem estresse, sem perturbações e é quando o espírito tem tempo de
sobra para trabalhar, estudar e curtir a vida na forma mais bela e prazerosa
que existe. Passeios maravilhosos, concertos musicais, palestras edificantes,
encontros com amigos já desencarnados, visitas ao plano físico… Enfim, a vida
lá é bastante movimentada e interessante.
Por Rafael Barbosa
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