Palestrante Espírita |
Sempre
que se fala em reunião pública, pensamos logo em palestra, e por via de
consequência imaginamos quem será o expositor e qual será o tema a ser
apresentado no dia.
É sempre motivo de expectativa, por parte do público
assistente, o tema a ser abordado pelo palestrante.
A
palestra espírita constitui-se nos dias atuais um dos grandes mecanismos de
divulgação da Doutrina, principalmente para as pessoas que estão chegando pela
primeira vez à Casa. A mensagem renovadora e esclarecedora que passa o expositor
têm como objetivos principais, o despertar de consciências e a valorização de
aspectos espirituais esquecidos que conduzem o homem a uma participação efetiva
no processo evolutivo da humanidade.
Como
sabemos, muitas pessoas buscam a Doutrina Espírita na certeza de que vão
encontrar respostas concernentes para suas dúvidas e aflições, é aquela famosa
frase, se não chegamos pelo amor, chegamos pela dor. Os conceitos impostos ao
longo dos tempos pelas religiões ortodoxas trazem o questionamento pessoal de valores
espirituais e levam pessoas a procurarem um argumento forte que satisfaça suas
dúvidas.
Há
um dito popular que diz que a primeira impressão é a que fica, e no caso o
papel do expositor é de extrema importância para a transmissão de conceitos
renovadores, a exposição balizada no evangelho de Jesus, nas obras básicas de
Kardec, ou em obras de alto cunho doutrinário, como as de: Léon Dennis, Gabriel
Delanne, Herculano Pires, etc., realçam o caráter da pureza doutrinária,
dirimindo dúvidas, e por extensão, trazendo esperança e conforto a corações
aflitos.
Logicamente
nós Espíritas sabemos que o papel das palestras não se resume simplesmente em
esclarecer os encarnados, pois que há um envolvimento maior no contexto, e que
essa dinâmica gira entre o plano físico e extrafísico; é aí que entram as
nossas companhias espirituais. Cabe-se observar ainda, que quando nos
acomodamos em um banco, de um salão de palestras, trazemos a nossa psicosfera
pessoal alterada em função dos nossos problemas vividos ao longo do dia, e que
as pessoas que nos cercam trazem problemas idênticos ou diferentes dos nossos,
o que já envolve a psicosfera do ambiente.
Nós
carregamos conosco nossas companhias espirituais, que nos acompanham ao Centro
e se acomodam junto a nós, nos bancos do salão tendo participação efetiva na
psicosfera do local. À medida em que o expositor desenvolve o assunto, acontece
a mudança espiritual no ambiente, pois se modifica o teor das vibrações,
através da uniformização dos pensamentos.
É
justamente a figura do expositor que nos chama atenção. A falta de preparo e o
pouco conhecimento da Doutrina podem trazer sérios problemas, a
responsabilidade de quem assume a tribuna espírita é muito grande, pois os
comprometimentos são muitos. A abordagem de forma pessoal, de assuntos que
requerem conhecimento doutrinário, pode afastar para sempre aquele que chega
pela primeira vez à Casa.
A
ambição de alguns em subir a tribuna é no mínimo preocupante, pois o objetivo
no caso não é levar o Espiritismo ao público, mas sim buscar o status de orador
espírita. Para isso usam dos mais variados artifícios; esquecem que devem ter
estilo próprio, e se preocupam em imitar grandes expositores, inclusive nos
gestos, ou então, limitam-se em decorar longos trabalhos recheados de um
vocabulário altamente prolixo, que logicamente vai prender o público mais no
significado das palavras, do que na mensagem.
A
preparação do palestrante é de fundamental importância, a observação cuidadosa
dos assuntos a serem abordados e o cuidado em citar Jesus e Kardec nas
exposições, trazem com certeza a boa inspiração por parte da espiritualidade
maior, e um melhor feedback com o público.
Texto adaptado de
Warwick Mota
Fonte: https://warwick-mota.blogspot.com.br
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