Caro leitores, hoje muitos não
espíritas têm uma ideia totalmente deformada do que é o Espiritismo.
Associam-no com seitas outras, que as respeitamos, mas que, com exceção do natural
fenômeno mediúnico, nada tem a ver com nossa Doutrina.
Hoje o verdadeiro Espiritismo
(por que temos que escrever “verdadeiro” Espiritismo?) ainda é, sejamos
sinceros, desconhecido pela maioria das pessoas.
Voltemos ao passado.
Qual
era, nas primeiras décadas do século XX,
a
reação da população brasileira em relação ao Espiritismo?
Eu não estava lá. Mas dá para
imaginar como era. Num país predominantemente católico, onde os preconceitos
eram ainda mais evidentes e absurdos do que hoje, dizer-se “espírita” era,
metaforicamente falando, colocar a corda no pescoço.
Imagine numa época como aquela
alguém atrever-se a abrir uma Escola “Espírita” num país eminentemente
católico. Imagine ainda, para ampliar a dificuldade, abrir esta Escola Espírita
no estado – naquela época - mais católico do país, Minas Gerais. Imagine, vamos
continuar ampliando a dificuldade, que essa pessoa resolvesse, de maneira
ostensiva, colocar o nome de Allan Kardec na denominação da escola?
Um louco, muitos poderiam dizer.
Um “fazedor”, nós espíritas
temos que afirmar.
Eurípedes Barsanulfo (1880 - 1918) |
Eurípedes Barsanulfo deu naquela
época, com a criação do Colégio Espírita Allan Kardec, um exemplo do que é um
espírita “fazedor”.
Espírita “fazedor” é aquele em
que você consegue ler em sua testa a palavra: “resultados”.
Ele procura freneticamente
alcançar: resultados.
Ele faz palestra, participa de
Congressos espíritas, mas não se desgruda da sua boa obsessão: resultados.
É o que proponho a você, caro
leitor, seja um espírita “fazedor”.
O Espiritismo irá alcançar o
espaço que merece não pelos espíritas participantes e organizadores de
congressos (que, diga-se de passagem, são necessários), não pelos espíritas que
proferem palestras interessantes e escrevem belos textos (também necessários).
O Espiritismo irá alcançar o espaço que merece através dos espíritas
“fazedores”.
Seja
um espírita “fazedor”
Por
Alkíndar de Oliveira
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