Já o que sustenta o Espiritismo são a Codificação Doutrinária Espírita e os novos conhecimentos adquiridos por meio da aplicação do seu sistema metodológico e de investigação científica acadêmica.
Há que se deixar muito clara essa diferença nos conceitos. Indubitavelmente podemos e devemos declarar que os desvios na prática espírita deram origem à Religião Espírita e que hoje não há mais como estabelecer similaridades consistentes entre os dois pensamentos. A Religião Espírita é a negação dos objetivos do Espiritismo, mas sua existência de ser respeitada, desde que seus seguidores não se arvorem em se declararem espírita, ou seja, seguidores da codificação de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores.
Dissidências sempre houve na historia do pensamento humano. Não seria o Espiritismo a Filosofia que escaparia ao jogo de conveniências que caracteriza toda dissidência. A primeira e mais famosa, tanto quanto mais grandiosa dissidência sobre um pensamento filosófico chama-se Igreja Católica, uma corrupção clara dos princípios contidos no pensamento difundido pelo filósofo Jesus, de alcunha “O Cristo” (que já é uma nomenclatura corrompida).
A Religião Espírita está para o Espiritismo como a
Religião Católica está para o Cristianismo.
Na prática, a História ensina, mas há quem se recuse a aprender.
A Religião Espírita não é a única dissidência do Espiritismo, mas é a mais forte e a mais organizada – como qualquer sistema religioso acaba sendo. Aliás, a força de qualquer religião está na sua institucionalização e na difusão opressiva de sua mensagem ideológica. Não é diferente hoje e não é diferente com essa nova seita religiosa. Porém, no universo das novas religiões, acaba sendo uma das menores dela, perdida no meio de tantas outras, de quase absoluta inexpressividade na sociedade mundial.
Ao Espiritismo, sendo ciência e filosofia, cabe o caráter universal de trazer novas informações e despertar com isso novos valores em toda a população mundial. Qualquer forma de idéia ou conhecimento que se apresente como religião tem imediata rejeição da parcela da humanidade que já fez sua opção religiosa.
Daí que, se o Espiritismo fosse, de fato, uma religião, não seria universalista. No entanto, é universalista. A linguagem da ciência transcende quaisquer sistemas de crenças ou conveniências ideológicas ou políticas.
Encaremos, então, o fato de que a dissidência do Espiritismo, a Religião Espírita, deve ser reconhecida também para não ser confundida com o Espiritismo. E a nós cabe levar a mensagem espírita, investigar a fenomenologia, estimular o pensamento filosófico e fazer a Doutrina Espírita alcançar as mentes e os corações de cada ser humano encarnado neste planeta.
A ciência não tem limites.
A religião tem.
Adaptação do Escrito de Randy*
*Moderador da comunidade “Eu sou Espírita – Espiritismo” do Orkut.
Fonte://oblogdosespiritas.blogspot.com/2010/09/religião-espiritas-e-espiritismo.html
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