Os Espíritos também tiram férias?? |
Qual devemos seguir?
Conversando
com vários espíritas de várias casas espíritas vemos que há muita dúvida sobre
o recesso de fim de ano e carnaval das casas espíritas. Uns são a favor e outros
contras. Os argumentos são vários:
“O movimento cai nessa época do ano”, “precisamos
descansar”, “o ano foi difícil”, “outras localidades também fecham”, “os
dirigentes e médiuns viajam, não compensa abrir”, “cai a vibração da casa, não
há substitutos à altura”, “não podemos parar, os espíritos não tiram férias”,
“hospital não fecha”, etc.
Aprendemos
sobre as vibrações difíceis da época de carnaval e a facilidade dos ataques
espirituais sobre os invigilantes. Assim como aprendemos que na época de Natal
as vibrações são excelentes porque pessoas estão mais abertas ao amor, a
caridade, a fraternidade, etc., e consequentemente, há facilidade em receber
auxílio espiritual. Então, por que não nos unirmos para auxiliar os
trabalhadores do Cristo com nossas preces e vibrações na época de carnaval? Por
que não reforçar os ensinamentos de Jesus na época de Natal?
Vejamos o que disse
Chico Xavier:
“Para mim, centro espírita tinha que abrir
todo dia, o dia inteiro...Se é hospital, como dizemos, como é que pode estar de
portas fechadas?!...O centro precisava se organizar para melhor atender os
necessitados. O que impede que o centro espírita seja mais produtivo é a
centralização das tarefas; existe dirigente que não abre mão do comando da
instituição...Ora, de fato, a instituição necessita de comando, mas de um
comando que se preocupe em criar espaço para que os companheiros trabalhem, sem
que ninguém esteja mais preocupados com cargos do que com encargos...”
Diante de tal assunto
escrevi para Richard Simonetti e pedi sua opinião. Eis o que ele respondeu:
“As reuniões públicas, de atendimento
fraterno, passes e palestras, não devem sofrer interrupção. No CEAC em Bauru,
funcionam ininterruptamente. Assim como hospitais, núcleos de saúde e serviços
de utilidade pública, não param nunca. Colaboradores que viajam são
substituídos por companheiros. Cursos em andamento são interrompidos na segunda
quinzena de dezembro. Voltam em fevereiro. Cursos novos começam em março.
Grupos mediúnicos interrompem atividades por duas semanas, no final do ano.
Voltam logo no início. Biblioteca, Livraria, tesouraria, funcionam sem interrupção.
”
Como
vemos, uma grande parte dos trabalhos devem ser tratados como HOSPITAL, porque
pedem um socorro imediato. Já o estudo pode ser tratado como ESCOLA, podendo
ter uma pausa maior.
Elias B. Ibraim
escreveu para o Jornal “Verdade e Luz” de Ribeirão Preto (Edição abril/98):
“Todos temos consciência de que dirigentes
e médiuns podem viajar, evidentemente. Eles fazem jus ao direito de visitar
parente, amigos, confraternizar. O que eles não têm direito é de fechar o Centro
Espírita. Nas suas ausências, companheiros e companheiras, preparados, devem
substituí-los. Pode, inclusive, ser adotado o sistema de rodízio para efeito de
faltas, desde que não sejam prejudicadas as atividades do Centro. ”
Jesus
disse: “Deus trabalha até hoje e eu
também”. Portanto, não tiram férias. Os espíritos não disseram que Jesus é
nosso guia e modelo?
Então, sigamo-Lo.
Quando
dizemos que Divaldo e Chico nunca tiraram férias do Espiritismo costumamos
ouvir: “Não estou preparado. Estou longe da evolução deles. ”
Perguntemos:
“Quando estaremos preparados? ” “Por que,
muitos de nós, só agimos diante da dor e quando nos é conveniente? ” “No
trabalho remunerado não faltamos e não tiramos além de 30 dias de férias no
ano. Por que com a parte espiritual somos negligentes? ”
Precisamos
lembrar que a cobrança será maior pelo que deixamos de fazer, do que pelo que
fizemos. E que serão mais cobrados aqueles que mais entendimento tiver.
Por Rudymara
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