Evangélicos X Espíritas:
O que as lideranças mostram para nós?
Sou católico. Fui batizado nessa religião, frequento as missas com
alguma assiduidade, conheço o pároco da igreja de meu bairro. Sou,
enfim, um camarada normal e sinceramente jamais me senti culpado por ter
uma imagem de Nossa Senhora em minha casa. Honestamente, não creio que isso me
torne um idólatra e muito menos que isso incomode o "filho dela".
Mesmo sendo católico, não vejo motivo para atacar pessoas de outras religiões,
qualquer que seja.
Tenho grandes amigos na religião evangélica e realmente não tenho
nada contra estes. Vejo muitas coisas positivas em seus seguidores, mas ao
longo dos anos tenho visto algo que me chama a atenção: o ataque dos
evangélicos (visto em muitos programas de TV) aos que seguem o
espiritismo. Acho isso fácil de compreender, uma vez que, para os evangélicos,
a simples devoção dos católicos aos santos já é considerada um pecado.
Imaginem-se, então, os conceitos espíritas. Um choque, sem dúvida.
Não vou dissertar aqui em favor da razão de uma ou outra que seja,
pois quanto aos "grandes mistérios", prefiro assumir minha ignorância
e confiar que Deus está muito mais atento para as nossas atitudes e nossos
valores morais do que para a religião que seguimos. Porém, tem algo não
podemos deixar de observar, que é o fato de que, ao longo desses anos, temos
visto a maioria das lideranças evangélicas se tornarem pessoas verdadeiramente
milionárias, donas de patrimônios incalculáveis. Templos de grandeza e luxo
impressionantes são erguidos da noite para o dia e, por coincidência (ou não),
acompanhamos escândalos diversos (que certamente não precisarei citar),
recaindo sobre muitos desses líderes de moral claramente duvidosa.
E quanto aos líderes espíritas? O que estes têm ganhado com suas
convicções religiosas? Tenho em mente alguns líderes daquela religião, mas vou
citar apenas dois dos principais para eles, Chico Xavier e Bezerra de Meneses.
O primeiro tem uma história de muitos mistérios sobre psicografias
e polêmicas visões de espíritos em sua volta. Visto como um charlatão por
muitos, mas tido pela grande maioria como uma pessoa realmente iluminada, que
trouxe conforto a muitas famílias, principalmente aos pais que tiveram a
partida prematura de seus filhos (que parecem ter sido os que
mais procuravam conforto nele) e que buscavam algum
consolo naqueles possíveis contatos espirituais. Seja qual for à verdade,
não se pode discutir o fato de que ele levou uma vida modesta e sem luxo algum
até o seu último suspiro, em 2002.
O segundo era um nordestino que foi com sacrifício estudar no
Rio e lá se formou em medicina, seguindo também a carreira política durante
algum tempo. E apesar de ter sido médico e político, morreu no ano de 1.900,
completamente pobre (a ponto de ter sido necessária uma cota entre os amigos
para bancar seu sepultamento). Ficou conhecido em seu tempo por defender
os escravos, por dispensar muitas vezes o pagamento de consultas
médicas aos pobres que não podiam pagar por estas. Enfim, jamais teve
benefícios financeiros em função de suas crenças ou pregações religiosas.
Afora isso, não me recordo de algum líder espírita ter ficado
milionário em nenhum momento da história. Desta forma, peço antecipadamente
perdão aos que porventura venham a se ofender, mas saindo do foco das
teorias religiosas e permanecendo apenas nas inspirações das respectivas
lideranças, moralmente falando, pergunto:
Que líderes melhor representam as ideias e
conceitos de Deus e do próprio Cristo?
Os evangélicos ou os espíritas?
Acho que vale a reflexão.
Publicado
em 06/04/2010 pelo
JB Wiki, Repórter Luis Rio, São Luis - MA
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