Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804 – 1869) |
Kardec, com a sua reconhecida genialidade, não deixou dúvidas quanto à topologia do Espiritismo, ao classificá-lo como ciência e filosofia, estabelecendo, implicitamente o longo distanciamento do seu aspecto religioso com as práticas ritualísticas das religiões tradicionais.
Eis o repto corajoso e categórico do Professor RIVAIL:
“Se um dia a ciência demonstrar que estejamos errados em um ponto, nós voltaremos atrás para acompanhar a ciência.”
E mais:
“A força do Espiritismo está na sua filosofia, no apelo que faz à razão e no bom senso.”
A concepção religiosa da nossa Doutrina é resultante da associação plena da ciência e filosofia. Fora da prova substancial, da razão e do bom senso não vicejam os fundamentos espíritas. Sem os contrafortes da ciência e da filosofia, não há conhecimento, não há Espiritismo, não há religião espírita.
A luta empreendida pelos livres pensadores da Idade Média contra o poder e as contradições obscurantistas da Igreja, impostos com as terríveis ameaças das crepitações ‘purificadoras’ da fogueira inquisitorial, dos calabouços e das torturas canônicas, prossegue ao encontro da dúvida metódica e do Racionalismo cartesianos, que revolucionam a cultura, consagram vitoriosa a Razão, o Cogito Ergo Sum, dando assim início à moderna Teoria do Conhecimento.
Autor Clério R. de Castro
Texto recebido via @ por João Gomes
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