Equilíbrio

Uma eterna disputa
Do Bem e do Mal

Segundo Robert Happé, em seu livro: Consciência é 
a Resposta (página 24 à 32):

Esse é um mundo de polaridades que precisam ser equilibradas. Equilibrar consiste em nos mantermos nem muito à direita, nem muito à esquerda, mas bem no centro, conscientes do positivo e do negativo. 



Quando o positivo não tem entendimento do negativo fica-se fora de equilíbrio. As experiências que temos na vida deveriam ser nossos mestres; deveríamos extrair-lhes os ensinamentos e seguir com graciosidade para novas experiências. Em função da baixa qualidade da educação, da ignorância e de meias verdades, porém, as forças negativas se proliferam incutindo medo nas pessoas.

O que há de mais negativo, entretanto, é a negação ainda presente da força de Deus que se move dentro de nós! Se colocássemos nossa atenção nessa força, o poder e o amor retornariam às nossas vidas, e poderíamos curar todos os desequilíbrios.

O medo nos leva a perder o senso de equilíbrio, bem como nos rouba a capacidade de ver o bem e o mal com a relatividade que lhes é inerente. Não existe bem e mal, mas sim polaridades que precisamos equilibrar por meio de nossas experiências para ganharmos compreensão.

O caminho para adquirir maestria sobre as energias é permanecermos bem no meio das alegrias e dores da vida, no meio do amor e da raiva, da tristeza e do medo; desse modo, tornamo-nos mestres no manejo dessas energias polarizadas. Isto não significa que estejamos em cima do muro, mas que não nos fixemos nessas emoções, e que possamos extrair das experiências que contenham emoções boas ou ruins, aprendizados que nos capacitem a evoluir com equilíbrio na vida.

Tornar-se mestre é a razão que trouxe todos e cada um de nós para este planeta e, também por isso sofremos as tentações da vida. Necessitamos das tentações como meio de avaliarmos nossas escolhas e o nível de nossa consciência.

O Universo não existe por acaso, e nem apenas por força da evolução natural, mas também, por força da intenção e do fogo criador de todos os seres vivos do Universo. Juntos, nós compomos Deus; cada um de nós tem habilidades, energia, desejos e amor. A questão é o que estamos fazendo com essas qualidades. Estamos compartilhando essa energia e ajudando a construir um mundo melhor para todos, ou estamos usando nossas qualidades para controlar o mundo ao nosso redor?

A pior manifestação de ganância é o desejo de possuir outro ser humano. Muitos são controlados por outros. Todos precisamos nos libertar dessa programação, praticando a ciência do permitir, da delicadeza, do não ferir.

Quando nossos pensamentos estão focalizados na doação, tornamo-nos livres e a cura se inicia; ao doar estamos acionando a fonte de poder dentro de nós e expressando nossa herança divina.

Uma das leis cósmicas mais importantes é o conhecimento de que todo ser vivo possui a força e o poder de magnetizar para si tudo o que é necessário para seu desenvolvimento e crescimento. Sob esse enfoque compreendemos que os eventos da vida são consonantes com a consciência e a atitude de cada um. Quando, no entanto, percebemos que cada experiência ou situação que vem em nosso caminho carrega em si nossa oportunidade de libertação, praticamos conscientemente, com muito mais determinação a ciência de integrar.

Integração significa equilibrar as polaridades da experiência, encarar a situação e se permitir ser guiado pela intuição. Então, ao invés de fugir ou negar algo que esteja acontecendo simplesmente observe e se pergunte "como posso lidar com essa situação?" e coloque-se disponível para ouvir os ensinamentos que vêm de dentro de você. Desligue-se do processo analítico por um momento e sinta cada aspecto da situação - a partir da intuição você receberá informações sobre como agir. Nossa intuição tem acesso à nossa verdade interior, que é nossa luz, e nosso banco de dados.

Todos temos que lidar com o que gostamos e com o que não gostamos. Essas polaridades estão diretamente relacionadas com nossos aprendizados. Podemos descobri-las em nossas primeiras programações da infância. No geral pensamos e agimos baseados nessas programações sem perguntar o quanto elas refletem nossa identidade atual, e de quem são os valores com os quais conduzimos nossa vida hoje. Temos, portanto, que examinar e entender nossas experiências para poder vir a atrair algo que seja realmente novo.

Se não podemos esclarecer nossas polaridades, ficamos presos numa armadilha e nos forçamos a experienciar aquilo que não queremos. A solução está sempre no presente, no ato de aceitar a vida como ela vem e na prática do equilíbrio. Conforme formos mudando e aprendendo a compartilhar, a receber e a doar, tornamo-nos criativos e adquirimos a consciência de que todos precisam amar e ser amados. Cada um de nós, como seres humanos, e cada ser de todos os reinos está eternamente mudando para atingir a perfeição da unidade.


Se entregue à nova consciência que aguarda sua acolhida para manifestar-se em novas visões. Abandone as opiniões, crenças e atitudes que o prendem a maneiras pouco amorosas de estar na vida. Gaste um pouco mais de tempo procurando conhecer a você mesmo. Medite e se deixe conduzir por sua sabedoria interior que se manifesta através da intuição. Observe o que acontece em sua volta sem críticas ou julgamentos, porém, faça uso do bom senso. Aí então aceite, equilibre tudo e crie paz. "Isso é possível para cada um de nós que o desejar”.

Por Rúbia Prado

FONTE: http://www.equilibriointerior.net

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