Cuidado ao Brilhar! |
Conta-se
que um vaga-lume estava no afã de acender seu facho e apagá-lo. Interessante
operação. A luz brilhava por segundos e apagava, para logo mais tornar a
brilhar.
Uma
cobra, que se encontrava nas proximidades, observou aquela luz acendendo e
apagando e se esgueirou até onde se encontrava o autor de tal proeza.
Quando
estava prestes a desferir o bote, foi percebida pelo minúsculo inseto, que
alçou voo e escapou de ser abocanhado.
No
entanto, a cobra deslizou rapidamente e foi no alcanço dele. E assim ficaram:
ele voava e pousava. Ela o seguia e tentava abocanhá-lo. Finalmente, o
vaga-lume pousou e disse para a sua perseguidora:
Dona
cobra, pare um pouquinho. Desejo fazer uma pergunta: pode me dizer se, por
acaso, eu pertenço à sua cadeia alimentar?
Não,
disse sibilante, o réptil. E preparou-se para atacá-lo.
Espere
aí, senhora. Diga-me: por acaso, eu lhe fiz algum mal?
Não, tornou a falar a
cobra.
Cansado
e impaciente, o vaga-lume perguntou: Pode me dizer, então, por que é que a
senhora quer me abocanhar?
Muito
simples, disse ela. É que você brilha.
* * *
A
fábula nos remete a situações sobejamente conhecidas no mundo. Pessoas que se
projetam, normalmente, atraem para si a inveja dos que as rodeiam.
E os
invejosos somente pensam em denegrir a imagem de quem se destaca. Ou destruir o
seu conceito perante os demais.
Assim,
quem se alteia realizando o bem, passa a ser alvo de calúnias porque,
afirmam,ninguém pode ser tão bom sem interesse próprio.
Quem
se destaca no quadro da honestidade, encontra pelo caminho os que esmiúçam sua
vida, seus mínimos atos, à cata de algo que possa demonstrar que, afinal, ele
não é tão correto quanto aparenta.
A
maledicência anda de braço dado com a inveja porque o que ambas desejam é
destruir a boa imagem, a vida, a carreira daqueles que se tornaram seus alvos.
A
inveja é capaz de levantar calúnias contra vidas dignas. Com frases vagas,
hesitantes, tem a capacidade de difamar o mais nobre caráter.
Por
isso, o invejoso é um peso infeliz na economia da felicidade alheia.
E,
no entanto, bastaria que mudasse sua postura. Ou seja, em desejando para si os
holofotes que se concentram em alguém, poderia se dispor a fazer o que aquele
faz, a agir como aquele age, seja no campo da ciência, da arte, do bem, em
geral.
Porque,
no entanto, prefere não realizar esforço algum, opta pelas armas que possui: o
despeito, a raiva, a acusação vazia e, por vezes, alcança seus objetivos
maldosos.
Contudo,
o invejoso continua desventurado em si mesmo, logo encontrando outro alvo para
desferir os seus destrutivos dardos.
* * *
Examinemos
nossa própria conduta. Caso verifiquemos que nos encontramos nesse caminho
tortuoso, modifiquemos o passo.
Busquemos
nos iluminar se invejamos o brilho alheio!
Esforcemo-nos
para alcançar quem, a esforço pessoal e dedicação, se encontra degraus acima.
Dessa
forma, nos sentiremos felizes pelas próprias conquistas. E, com certeza, o
mundo será melhor porque seremos mais um ser humano a apresentar o bem, a
beleza, o justo.
Pensemos
nisso. Façamos isso porque todos os filhos de Deus fomos criados para a luz e
para o amor.
Autoria desconhecida
FONTE: http://visaoespiritabr.com.br
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