Cada um carregue sua cruz.
Muitos de nós passamos por grandes dificuldades relacionadas à saúde. Algumas
patologias parecem ser fardos bem mais pesados do que outras.
No
entanto, para quem sofre é sempre muito difícil independentemente do grau da
sua doença. Muitas pessoas buscam tratamento, mudam hábitos para escolhas mais
saudáveis e, nós espíritas, intensificamos a busca da tão sonhada reforma
íntima. Mas a doença permanece lá. Por quê? E a pergunta não se cala: “Por que
eu não me curo dessa doença?”
Como estudiosos da Doutrina Espírita,
conhecemos bem as Leis que regem a Vida e sabemos que a Lei de Causa e Efeito é
implacável. Mas por quanto tempo ficaremos colhendo os frutos amargos de um
plantio irresponsável?
Precisamos nos atentar para o fato de
que, mesmo que aprendamos a lição e que nos renovemos internamente,
conscientizando-nos da falta cometida, o dano material causado não é restaurado
como um passe de mágica. As lesões perispirituais, por exemplo, são restauradas
aos poucos. Aprendemos, quando crianças, que qualquer machucado leva algum
tempo para cicatrizar e, durante esse período, sentimos algum incômodo,
compreendendo que é resquício de um trauma que só melhora quando finalizar todo
o processo.
Então hoje, quando nos encontramos na
iminência de “herdar a Terra”, através do planeta regenerado que se aproxima,
já com alguma consciência das Verdades Sublimes do Evangelho, interrogamo-nos
internamente: “por que eu ainda sofro com essa doença?”. Aí vem um benfeitor
espiritual que nos intui amorosamente: “Filho, não vês que o reparo
perispiritual é um processo do qual não se pode esquivar? A restauração está
sendo feita. As fibras rompidas durante o ato insano estão, pouco a pouco sendo
reconstruídas e, enquanto isso, seu órgão ainda reflete deficiências que se
originam no seu corpo etéreo. Logo passará! Um longo caminho já foi percorrido,
pois sua consciência já compreende a Luz. Agora é só esperar o tempo cicatrizar
o ferimento e estarás liberto!”
Assim
é que uma pessoa, hoje portadora de ansiedade, por exemplo, necessitando
medicação para equilibrar a química cerebral, sente-se impotente e sofre ainda
mais por não conseguir “controlar” as próprias emoções. “Por que os outros
conseguem e eu não consigo?”. É nesta hora que devemos esperar resignados, e
até entender que estamos bem próximos de expurgar essa dor, pois hoje é a
ansiedade, ontem pode ter sido algo mais grave, uma paralisia cerebral,
anencefalia, Parkinson, Alzhaimer. Então estes graus em que as doenças se
apresentam são resquícios de algo mais grave em processo de restauração, que só
o tempo (e a não reincidência) neutralizará.
Sendo
assim, cultivemos a paciência durante os processos de restauração física, seja
ela na matéria densa ou na matéria etérea, confiantes de que Jesus nos ampara
sempre.
Por Luciane Almeida
FONTE:
https://espirito.org.br/artigos/por-que-eu-tenho-essa-doenca/
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