É tudo de bom... Pra quem recebe e para quem dá. |
Abraço de filho deveria ser
receitado por médico.
Há um poder de cura no abraço
que ainda desconhecemos.
Abraço cura ódio. Abraço cura
ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza.
Quando abraçamos soltamos
amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a
paz, a alma...
Quando abraçamos baixamos
defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se
abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.
E nada como o abraço de um
filho...
Abraço de Eu amo você. Abraço
de Que bom que você está aqui. Abraço de Ajude-me.
Abraço de urso. Abraço de Até
breve. Abraço de Que saudade!
Quando abraçamos, a felicidade
nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar.
Quando abraçamos somos mais do
que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.
E abraço de filho deveria,
sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo.
Estudos já mostram, com
clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico,
para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde.
O abraço deixou de ser apenas
uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e
símbolo de uma nova era de aproximação.
Se a alta tecnologia – mal
aproveitada – nos afastou, é o abraço que irá nos unir novamente.
Precisamos nos abraçar mais.
Abraços de família, abraços coletivos, abraços engraçados, abraços grátis.
Caem as carrancas, ficam os
sorrisos. Somem os desânimos, fica a vontade de viver.
O abraço apertado nos tira do
chão por instantes. Saímos do chão das preocupações, do chão da descrença, do
chão do pessimismo.
É possível amar de novo,
semear de novo. É possível renascer.
E os abraços nos fazem nascer
de novo. Fechamos os olhos e quando voltamos a abri-los podemos ser outros,
vivendo outra vida, escolhendo outros caminhos.
Nada melhor do que um abraço
para começar o dia. Nada melhor do que um abraço de Boa noite.
E, sim, abraço de filho
deveria ser receitado por médico, várias vezes ao dia, em doses homeopáticas.
Mas, se não resistirmos a tal
orientação, nada nos impede de algumas doses únicas entre essas primeiras, em
situações emergenciais.
Um abraço demorado, regado
pelas chuvas dos olhos, de desabafo, de tristeza ou de alívio.
Um abraço sem hora de
terminar, sem medo, sem constrangimento.
Medicamento valioso, de
efeitos colaterais admiráveis para a alma em crescimento.
* * *
Mas, se os braços que
desejamos abraçar estiverem distantes? Ou não mais presentes aqui? O que fazer?
Aprendamos
a abraçar com o pensamento.
O pensamento e a vontade criam
outros braços e nossos amores se sentem abraçados por nós da mesma forma.
São forças que ainda
conhecemos pouco e que nos surpreenderão quando as tivermos entendido melhor.
Abraços invisíveis a olho nu,
mas muito presentes e consoladores para os sentidos do Espírito imortal, que
somos todos nós.
Redação do Momento Espírita
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